
misturando-se com a pele já húmida e quente,
Num tornado de ideias que assola o espaço que ocupo.
Sento-me arrasado por este turbilhão de factos, num misto de envolvência e de surpresa...
Tento levantar-me... mas falham-me as forças...
Tento gritar... mas a voz apaga-se dentro de mim...
E naquele momento a chuva quebrou a minha confiança...
À deriva fiquei e o meu porto fugiu-me,
apagando-se no farol aquela luz salvadora.
E naquele barco ao sabor do vento, velejei...
Junto com desconhecidos tripulantes,
sem saber para onde seguir ou como fazê-lo regressar.
Naquela aventura sai do meu corpo e viajei comigo mesmo,
observei-me, escrevi-me e descrevi-me.
Naquele espaço encontrei-me... tão perto de mim e do sonho que julguei perdido.
E Acreditei voltar a ser possível,
Acreditei como aqueles que mesmo não acreditado em Deus
sempre lhe rogam num momento de aflição.
Acreditei e aqui estou pronto para sair para o mar novamente...
E hoje faço questão de recordar todas as manhãs,
que um novo sonho pode começar, onde outros acabaram...