quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Nova partida...



Gotas frias caem-me no rosto, 
misturando-se com a pele já húmida e quente,
Num tornado de ideias que assola o espaço que ocupo.
Sento-me arrasado por este turbilhão de factos, num misto de envolvência e de surpresa... 


Tento levantar-me... mas falham-me as forças... 
Tento gritar... mas a voz apaga-se dentro de mim...
E naquele momento a chuva quebrou a minha confiança...


À deriva fiquei e o meu porto fugiu-me, 
apagando-se no farol aquela luz salvadora. 
E naquele barco ao sabor do vento, velejei... 
Junto com desconhecidos tripulantes, 
sem saber para onde seguir ou como fazê-lo regressar.


Naquela aventura sai do meu corpo e viajei comigo mesmo, 
observei-me, escrevi-me e descrevi-me.
Naquele espaço encontrei-me... tão perto de mim e do sonho que julguei perdido.
E Acreditei voltar a ser possível, 
Acreditei como aqueles que mesmo não acreditado em Deus 
sempre lhe rogam num momento de aflição.
Acreditei e aqui estou pronto para sair para o mar novamente...


E hoje faço questão de recordar todas as manhãs,
que um novo sonho pode começar, onde outros acabaram...

Aprendi a Amar sem te ver

Vou sabendo de ti pelo vento, pela luz que não apagas à noite, pela dor que o peito aprendeu a Amar.   Vou seguindo de mão dada ...