segunda-feira, 4 de julho de 2022

A jornada...

 

Contempla como o sol nasce todos os dias,

numa irmandade de brilho e esplendor,

mostrando onde nasce e vive o próprio brilho.

Ensina-nos todos os dias,

que somos luz própria, Sol e Lua,

num acordo entre o emoção e vida.

 

Um dia atrevi-me a desviar o meu Norte,

contrariando a própria essência, virando costas ao meu sol.

Atrevi-me a entrar num atalho escuro, num breu de luz e alegria,

onde a fartura era de dor e medo e o destino de mão dada com o frio.

 

Desta jornada recordo duas referências, dois faróis de luz e esperança,

onde me agarrava naquele mar picado nunca me deixando sem Norte.

Duas vozes que imploravam para voltar, para abrir o peito aos medos,

Para enfrentar um gigante maior que o Adamastor,

numa dança com os meus próprios demónios.

 

E nesse desleal e intenso conflito por respostas intrínsecas um destino óbvio.

Abraçar finalmente o meu oráculo de luz, consciente de onde o meu amor próprio vigora,

determinado e impulsado pelo confronto com os meus limites 

e pela certeza que terei de navegar mais vezes naquele mar revolto... 

...mas sozinho nunca mais!

Aprendi a Amar sem te ver

Vou sabendo de ti pelo vento, pela luz que não apagas à noite, pela dor que o peito aprendeu a Amar.   Vou seguindo de mão dada ...