segunda-feira, 10 de maio de 2021

15 dias sem ti...

15 dias sem ti e afundo-me nesta dor...

A casa fria arrasta-me para onde não quero ir.

À noite procuro-te perdido! O abraço, o calor, o meu ninho... não te encontro e as lágrimas fogem apressadas. Esta dor no peito cresce, sufoca-me e o mundo desconecta-se...

Choro compulsivamente esta falta... A falta da nossa alegria a correr e a rir pela casa.

Por entre os dias que passo amorfo, parado e sem rumo fico sem saber se esta dormência é real ou acordarei um dia do pesadelo.

E o tempo? Ah, o tempo! Tão finito, tão penoso, tão demente… que me tortura na sua vagueza e lentidão.

O tempo, esse que dizem "cura tudo..." mas não bate certo! Não há razão no que dizem porque ele recua insistente quando eu quero avançar. Porque dói muito… e mais ainda quando me iludo e acredito que sim, que ficarei bem. Mas na verdade continua e dói mais do que algum dia julguei sentir, do que algum dia julguei suportar. Dói no peito, na seta espetada, no ombro que falta para a ajudar a esquecer… quando esquecer é o que me resta!

E como esquecer os melhores anos, como esquecer a minha vida, como esquecer o sorriso quando me olhavas com ternura, como esquecer a partilha do pedaço de pão que não era mais que um pedaço de amor que alimentava o nosso amor. Onde estão estes pedaços de amor agora?

Deixo-me ir nos dias que se amontoam aleatórios, nas noites em branco carregadas de chão frio, emoção e desespero.

Nada em mim ou no que me rodeia me fará amar-te menos, e este amor consome tudo voraz, misturando uma dor que cresce ao ponto de fazer parte de mim ou eu parte dela… já nem sei se não é maior que eu!

Mas no fundo de mim há uma esperança! A esperança que um dia voltarei a sorrir em toda a plenitude… que um dia olhe em redor e me perca novamente em alegria e amor. Esse dia voltará e enlouqueço para que chegue, rápido... Porque sei que será o dia em que te voltarei a ter junto de mim!!!


Aprendi a Amar sem te ver

Vou sabendo de ti pelo vento, pela luz que não apagas à noite, pela dor que o peito aprendeu a Amar.   Vou seguindo de mão dada ...